No dia 21 de janeiro, em uma cerimônia simbólica no sítio arqueológico de Tiahuanaco, Evo Morales Ayma foi proclamado líder da "Abya Yala" (nome que significa a união de vários povos indígenas sul americanos).
Ás seis da manhã do dia 21 me dirigi, com Christelle, Flávio, Heloisa e Vinicius, ao Cementerio General de La Paz para pegar o "mini bus" até Tiahuanaco. Chegando lá, fiquei impressionada com a quantidade de estrangeiros e de pessoas comuns (como de praxe, homens e mulheres de todas as idades, incluindo nenês...) que também estavam por lá com a intenção de ir a "posesión". Já dava para imaginar que haveria MUITA gente em Tiahuanaco. Mas, ainda assim, me surpreendi chegando lá...
A viagem, ao som de morenada, foi impressionante. No caminho se viam, à beira da estrada, homens, mulheres e crianças saudando aos ônibus, "mini buses" e carros, que se dirigiam a Tiahuanaco, com bandeiras do MAS e, principalmente, Whipalas. Foi muito emocionante ver isso... era como se as crianças dissessem: Também estaremos lá!! LINDO... A viagem levou muito mais tempo que o normal (2 horas mais ou menos) e, depois de 3 horas e meia (o engarrafamento em El Alto e na estrada era impressionante!!), chegamos. Ao chegar , repito, impressionavam a quantidade de gente que havia e a quantidade de policiais desde a estrada até o sítio arqueológico.
Apesar de haver MUITA gente, como grupos de comunidades indígenas de todo o país e uma quantidade INCRÍVEL de estrangeiros, a cerimônia correu com tranquilidade. O único momento de tensão era quando alguém insistia em ficar de pé, bloqueando a visão do telão para a maioria, que estava sentada na grama.
Evo fez um discurso interessante, permeado com frases como: "Los pueblos del mundo de pie, nunca de rodillas frente al capitalismo!" e "El cambio en Bolivia hace posible el cambio del mundo y el cambio del mundo es el cambio de Bolivia!" Em momentos como esses, as pessoas aplaudiam e balançavam suas Whipalas. Mas, em geral, o silêncio imperava e todos ouviam atentamente ao líder da "Abya Yala". Foi lindo de ver... como em 2006, chovia, e no momento da cerimônia o céu se abriu e o sol do altiplano brilhou... Como com uma espécie de bendição da Pachamama, com o sol alto e forte, Evo Morales foi, simbolicamente, empossado como Presidente do Estado Plurinacional da Bolivia. Em uma clara demonstração do quão significativo é o fato de Morales ter sido reeleito, estiveram também presentes à cerimônia lideranças de movimentos sociais latinoamericanos e representantes de diferentes grupos indígenas, como o Algonkin (da América do Norte). Ao final, a sensação que tive foi a de que indígenas de todo o continente americano se sentem, de alguma forma, representados na figura de Morales e que o processo de cambio boliviano iniciado com sua primeira vitória, e reassegurado com a segunda, é uma mensagem de esperança, de que uma outra realidade é possível, para toda a população indígena do continente.
Ás seis da manhã do dia 21 me dirigi, com Christelle, Flávio, Heloisa e Vinicius, ao Cementerio General de La Paz para pegar o "mini bus" até Tiahuanaco. Chegando lá, fiquei impressionada com a quantidade de estrangeiros e de pessoas comuns (como de praxe, homens e mulheres de todas as idades, incluindo nenês...) que também estavam por lá com a intenção de ir a "posesión". Já dava para imaginar que haveria MUITA gente em Tiahuanaco. Mas, ainda assim, me surpreendi chegando lá...
A viagem, ao som de morenada, foi impressionante. No caminho se viam, à beira da estrada, homens, mulheres e crianças saudando aos ônibus, "mini buses" e carros, que se dirigiam a Tiahuanaco, com bandeiras do MAS e, principalmente, Whipalas. Foi muito emocionante ver isso... era como se as crianças dissessem: Também estaremos lá!! LINDO... A viagem levou muito mais tempo que o normal (2 horas mais ou menos) e, depois de 3 horas e meia (o engarrafamento em El Alto e na estrada era impressionante!!), chegamos. Ao chegar , repito, impressionavam a quantidade de gente que havia e a quantidade de policiais desde a estrada até o sítio arqueológico.
Apesar de haver MUITA gente, como grupos de comunidades indígenas de todo o país e uma quantidade INCRÍVEL de estrangeiros, a cerimônia correu com tranquilidade. O único momento de tensão era quando alguém insistia em ficar de pé, bloqueando a visão do telão para a maioria, que estava sentada na grama.
Evo fez um discurso interessante, permeado com frases como: "Los pueblos del mundo de pie, nunca de rodillas frente al capitalismo!" e "El cambio en Bolivia hace posible el cambio del mundo y el cambio del mundo es el cambio de Bolivia!" Em momentos como esses, as pessoas aplaudiam e balançavam suas Whipalas. Mas, em geral, o silêncio imperava e todos ouviam atentamente ao líder da "Abya Yala". Foi lindo de ver... como em 2006, chovia, e no momento da cerimônia o céu se abriu e o sol do altiplano brilhou... Como com uma espécie de bendição da Pachamama, com o sol alto e forte, Evo Morales foi, simbolicamente, empossado como Presidente do Estado Plurinacional da Bolivia. Em uma clara demonstração do quão significativo é o fato de Morales ter sido reeleito, estiveram também presentes à cerimônia lideranças de movimentos sociais latinoamericanos e representantes de diferentes grupos indígenas, como o Algonkin (da América do Norte). Ao final, a sensação que tive foi a de que indígenas de todo o continente americano se sentem, de alguma forma, representados na figura de Morales e que o processo de cambio boliviano iniciado com sua primeira vitória, e reassegurado com a segunda, é uma mensagem de esperança, de que uma outra realidade é possível, para toda a população indígena do continente.