Faz tempo que não escrevo, fiquei uma semana fora de La Paz e, ao voltar, tive sorochi e um monte de coisas para fazer... Viajei para Cochabamba dia 06 e voltei para La Paz dia 11. Voltei no domingo, a tempo de ir assitir o jogo Bolívia x Brasil. primeiro contarei do Congresso e depois do jogo.
O Congresso teve como abertura as falas de Evo Morales e Boaventura de Sousa Santos. Evo é bastante carismático e o Teatro Acha, em Cochabamba, estava LOTADO. O presidente não é o melhor orador que já vi, mas é simpático e bem articulado. Depois de sua fala, sentou-se ao lado do Emir Sader e dos outros que compunham a mesa, e anotou com atenção e dedicação o que dizia Boaventura. Este, por sua vez, falou em bom espanhol, e fez uma conferência interessante. Ficou evidente o quanto Boaventura gosta da Bolivia e o quanto é carismático. Não tenho dúvidas de que, se precisasse, venderia gelo para esquimó... ao final de sua fala eu estava convencida do que dizia... O congresso teve, como sempre, apresentações interessantes e outras nem tanto... Em Cochabamba encontrei a Vivian e o Juan, do grupo de estudos e pesquisa de São Paulo. Este esncontro foi ótimo!! Pude conversar com eles sobre nosso trabalho em SP e discutir aspectos da minha pesquisa. Nós nos divertimos muito, ainda mais depois que chegaram Chris, Helô (que, para minha sorte, voltou para Bolívia para terminar sua pesquisa de mestrado) e Vini. O Congresso foi encerrado com uma conferência de Alvaro Garcia Linera, vice presidente do país. Garcia Linera é um sociólogo importante, membro do grupo Comuna, que reúne também Luis Tapia (que também tive a oportunidade de ouvir em Cochabamba), Raul Prada e Oscar Vega (a quem a Helô me apresentou no último dia de congresso). Garcia Linera fala bem e apresentou uma fala bastante interessante e que tem tudo a ver com as atuais discussões sobre o Estado Plurinacional e as autonomias indígenas, assim como outros aspectos da nova constituição boliviana. No geral, as coisas que vi e ouvi no Congresso me ajudaram bastante a me "ubicar" (localizar) no debate boliviano.
Cochabamba é uma cidade linda!! Como já é primavera, e é bem mais baixa que La Paz, a 2558 metros acima do nível do mar, a cidade estava toda florida. O clima é agradável, calor de dia e fresco de noite. Depois do Congresso saíamos para tomar cerveja em barzinhos ao ar livre, pude sair de saia e sandálias, coisa impensável em La Paz... me senti em SP...
Voltei para La Paz no domingo e fui com Helô, Vini e mais uns amigos ao jogo do Brasil contra a Bolivia. O jogo foi horrível, o time do Brasil jogou muito mal. Foi uma vergonha e uma decepção, já que foi a primeira vez que eu fui a um estádio para ver a seleção brasileira jogar... Mesmo assim, me diverti bastante. A torcida se porta de maneira muito diferente no estádio na Bolívia. Primeiro, são mais silenciosos, foi impressionante não ouvir um tambor no estádio... segundo, a torcida boliviana quase não grita... os gringos, completamente paramentados com camisas da seleção boliviana e as caras pintadas com as cores da bandeira, eram os que mais torciam pela seleção. Uma coisa estranhíssima!! Depois saimos do estádio e fomos a um mirante em La Paz, como sempre, a vista é incrível!!! Foi uma semana animada, minha primeira viagem pelo interior da Bolivia e jogo do Brasil...
P.S.: Nota sobre os ônibus na Bolívia: os ônibus, como as pessoas em geral, não cumprem horário, saem atrasados e param MUITO, para que pessoas desembarquem ou embarquem. Além disso, entram vendedores nos ônibus e se vende de tudo... de queijo, pão, bolacha, jornal a picolé... é IMPRESSIONANTE!!! Com isso, claro, a viagem fica mais demorada. O parador de beira de estrada é bastante ruim, há que se pagar para usar o banheiro e o banheiro é MUITO sujo. Mas não há melhor maneira para ver o país e sua gente que viajar de ônibus. Entonces, hay que hacerlo... es la vida...
O Congresso teve como abertura as falas de Evo Morales e Boaventura de Sousa Santos. Evo é bastante carismático e o Teatro Acha, em Cochabamba, estava LOTADO. O presidente não é o melhor orador que já vi, mas é simpático e bem articulado. Depois de sua fala, sentou-se ao lado do Emir Sader e dos outros que compunham a mesa, e anotou com atenção e dedicação o que dizia Boaventura. Este, por sua vez, falou em bom espanhol, e fez uma conferência interessante. Ficou evidente o quanto Boaventura gosta da Bolivia e o quanto é carismático. Não tenho dúvidas de que, se precisasse, venderia gelo para esquimó... ao final de sua fala eu estava convencida do que dizia... O congresso teve, como sempre, apresentações interessantes e outras nem tanto... Em Cochabamba encontrei a Vivian e o Juan, do grupo de estudos e pesquisa de São Paulo. Este esncontro foi ótimo!! Pude conversar com eles sobre nosso trabalho em SP e discutir aspectos da minha pesquisa. Nós nos divertimos muito, ainda mais depois que chegaram Chris, Helô (que, para minha sorte, voltou para Bolívia para terminar sua pesquisa de mestrado) e Vini. O Congresso foi encerrado com uma conferência de Alvaro Garcia Linera, vice presidente do país. Garcia Linera é um sociólogo importante, membro do grupo Comuna, que reúne também Luis Tapia (que também tive a oportunidade de ouvir em Cochabamba), Raul Prada e Oscar Vega (a quem a Helô me apresentou no último dia de congresso). Garcia Linera fala bem e apresentou uma fala bastante interessante e que tem tudo a ver com as atuais discussões sobre o Estado Plurinacional e as autonomias indígenas, assim como outros aspectos da nova constituição boliviana. No geral, as coisas que vi e ouvi no Congresso me ajudaram bastante a me "ubicar" (localizar) no debate boliviano.
Cochabamba é uma cidade linda!! Como já é primavera, e é bem mais baixa que La Paz, a 2558 metros acima do nível do mar, a cidade estava toda florida. O clima é agradável, calor de dia e fresco de noite. Depois do Congresso saíamos para tomar cerveja em barzinhos ao ar livre, pude sair de saia e sandálias, coisa impensável em La Paz... me senti em SP...
Voltei para La Paz no domingo e fui com Helô, Vini e mais uns amigos ao jogo do Brasil contra a Bolivia. O jogo foi horrível, o time do Brasil jogou muito mal. Foi uma vergonha e uma decepção, já que foi a primeira vez que eu fui a um estádio para ver a seleção brasileira jogar... Mesmo assim, me diverti bastante. A torcida se porta de maneira muito diferente no estádio na Bolívia. Primeiro, são mais silenciosos, foi impressionante não ouvir um tambor no estádio... segundo, a torcida boliviana quase não grita... os gringos, completamente paramentados com camisas da seleção boliviana e as caras pintadas com as cores da bandeira, eram os que mais torciam pela seleção. Uma coisa estranhíssima!! Depois saimos do estádio e fomos a um mirante em La Paz, como sempre, a vista é incrível!!! Foi uma semana animada, minha primeira viagem pelo interior da Bolivia e jogo do Brasil...
P.S.: Nota sobre os ônibus na Bolívia: os ônibus, como as pessoas em geral, não cumprem horário, saem atrasados e param MUITO, para que pessoas desembarquem ou embarquem. Além disso, entram vendedores nos ônibus e se vende de tudo... de queijo, pão, bolacha, jornal a picolé... é IMPRESSIONANTE!!! Com isso, claro, a viagem fica mais demorada. O parador de beira de estrada é bastante ruim, há que se pagar para usar o banheiro e o banheiro é MUITO sujo. Mas não há melhor maneira para ver o país e sua gente que viajar de ônibus. Entonces, hay que hacerlo... es la vida...
Oi Carol,
ResponderExcluirgostei do seu relato do congresso, Evo, Boaventuda, Emir Sader. peso pesado.
bjs, margarida
Pô, que congresso bala este, adorei, Carol!
ResponderExcluirBeijos